As imagens que saltam da tela e levam o espectador para dentro do filme estão movimentando o mercado de tecnologia 3D. As produções em terceira dimensão caíram no gosto do público, que não se importa em pagar mais pelo ingresso. Para atender a demanda, cada vez mais salas de cinema são adaptadas para as sessões especiais.
A experiência tem agradado tanto que já pode ser levada para casa. Televisores e games em 3D estão chegando às lojas. Em breve, até celulares contarão com o recurso. A tecnologia vai girando a roda da economia produzindo também equipamentos e acessórios próprios, como câmeras para filmagens em 3D, projetores, home theater, Blu-ray player e novas versões dos famosos óculos. Houve época em que eram de papelão, agora até já se fala em vender óculos 3D para que cada espectador vá ao cinema com o seu, inclusive, com correção de grau.
Hoje há no país 140 salas de cinema 3D, só em 2009 foram inauguradas 70 delas. E com elas cresceu também o público, que vinha caindo desde 2004. Os cinemas receberam 112,7 milhões de espectadores em 2009, ante 89,1 milhões no ano anterior.
Estudo da PricewaterhouseCoopers prevê que o entusiasmo com o 3D vai continuar. Como os ingressos são mais caros e mais gente está indo ao cinema, as bilheterias devem crescer 5,8% ao ano na América do Norte, passando de US$ 11,5 bilhões em 2009 para US$ 15,3 bilhões em 2014.
Na América Latina não deve ser diferente. Com o aumento da oferta de filmes digitais e 3D, além do incentivo a produções locais, as bilheterias devem ir de US$ 1,4 bilhão em 2009 para 1,9 bilhão em 2014, crescimento de 5,3% ao ano.
